Depois de dois anos e muitas aventuras na cadeira do ortodentista finalmente estou livre dos ferrinhos nos dentes. Foi meio custosa essa tirada triunfal, quase perguntei se eles aceitavam um rim como pagamento, contudo, tem certas coisinhas que não aceitam 'depois' para acontecer. Meus dentes estavam gritando todo noite ao meu ouvido para que tirasse as amarras que os impediam de se sentir livres.
Com isso, fui ao consultório do dr. Ducan, tudo lilás, bonitinho, moderno, espaçoso. Tudo bem explicado tb, passo a passo, tão bem explicado que já perdia a paciência, só queria saber de tirar a coisa cinza logo. Foi aí que começou o trec-trec, tira aqui, tira ali, uma impressão que meus dentes superiores da frente iriam quebrar com tanto trec. Logo, enfim livre. Fui ao espelho pra fazer algo que nao entendi o que era, mas que por instinto presumi que era pra bochechar. E veio o primeiro sorriso, os primeiros 30 segundos de amor a primeira vista, de encanto e borboletas no estômago: aquela era meu sorriso, então, branco, coeso, charmoso. Sorriso branco. Sem ferrinhos, sem nada para esconder sua forma: um sorriso puro. Não era simplesmente a vaidade nessa vida, era a beleza dessa vida. Era descobrir, depois de tanto tempo, que eu tinha um sorriso, um sorriso só meu, só branco.
Adeus dor, adeus borrachinhas, adeus comida agarrada nos ferrinhos. Agora comemoro o sorriso novo usando fio-dental sem passa fio, mordendo uma maça sem sentir incomodo, sorrindo pra mim mesma no espelho do carro, como se tivesse descoberto em mim mesma algo de brilhante, mas que não é prateado, é dourado.
Um comentário:
fotos!! djá! tb não vejo a hora de tirar..bjo, amada.
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