sexta-feira, 13 de junho de 2008

sentido, vida


Tem horas que sinto tudo pelos poros. Até quando fui pegar a caneta pra escrever agora, olhando as canetas coloridas que costumava corrigir os trabalhos dos alunos, deu uma vertigem. Peguei a caneta pra escrever de um sentimento que veio aqui, se abriu na minha frente como uma caixa de presente embrulhada de verde, o verde que era dele. Eu sinto. Sinto o sol que já desceu, o vento que assobia pelos meus cabelos prendidos na trança mal feita. Sinto a perna esquerda balançando num ritmo, no ritmo das recordações rápidas dos nossos eus embrulhados pelo entendimento de mundo. Somos tão nós, e então, apenas uma vez, eu sinto o eterno que nasceu de nossas memórias. Árvore, nosso símbolo secreto. Música, nossa droga viciosa. Literatura, a nossa revelação. Pra onde vamos nos expandir agora? Eu sinto, sinto um tremor na pele de frio que nos cobre. Daquele frio, o nosso, que foi testemunha fiél do nosso tempo, de tudo que era belo que tentamos construir com palavras enroladas em açúcar e veneno. Um brindo ao verde, verde que será sempre nosso. Verde de grandes esperanças, de apenas uma vez de um infindável dia, do tempo que sonhamos juntos e desejamos futuro.

2 comentários:

Anônimo disse...

Well done for this wonderful blog.

Andréia Pires disse...

adorei. :)