sexta-feira, 17 de março de 2006

Extraordinariamente...


Vira e mexe voltam as idéias 'dead poets society'. E sabe que a cada vez que vemos um filme damos ênfase a um aspecto diferente. Dessa vez a história de fazer a vida extraordinária parou um pouco pra ficar remoendo dentro do si mesmo.

Nessa luta contra desautomatização da vida a palavra 'extraordinário' pesa como umas pedrinhas nas asas da borboleta, atrapalhando seu vôo por conta da pressão dum futuro enuviado (é bom evitar esse tipo de palavras!) que se aproxima. O caso é que sonhamos o tempo todo com 33843829 coisas e fica sempre aquele pensamento 'que no futuro isso, no futuro acontecerá aquilo...'. O futuro donde? Eu vejo o aqui.

O tal aqui é que vai determinar num balanço geral se minha vida foi extraordinária. Não o 'lá' irá fazê-la tal qual se almeja a palavra mágica. É algo 'Jerry Maguire', de se acordar todo o dia e dizer pra si mesmo que o dia será bom. (Com isso me peguei agora com uma nova mania, de no alogamento dos braços pela manhã antes de sair da cama pensar positivamente, em coisas buenas como as várias pessoas agradáveis as quais convivo.)

Sinceramente, aos poucos vou fazendo minha vida extraordinária. Está a passo de tartaruga essa liberdade dos grilhões de coisas chatas a se fazer. Mas na medida em que se vai tentando, passo pós passo, sorriso pós sorriso o peso da asa da borboleta vai dimunindo, as pedras vão escorrendo com o bater mais forte das asas de uma maneira constante.

Nenhum comentário: