Eu quero te ler!
Te lendo de havaianas, de blusa preta ou branca, calça jeans; ou descalço,
espojado ali,
como se em cada gesto tivesse a bula do que queria ouvir.
Sem permissão, perscrutando cada tom das palavras,
tocando-as com meus dedos,
passando como páginas,
tentando entender em qual ficção vive.
Eu quero te ler...
Te ler de cor e bom som,
saltitando entre palavras ditas em cada parte do seu corpo,
tateando o ar que sai ao passar das folhas inertes,
esperando na sua calma a dúvida que tinha certeza.
Não quero ler o sol atrás de ti,
nem a lua que vem adiante.
Eu quero só a ti ler,
e como reflete aquele sol na sua face,
como a lua na quina do teu olhar fica.
Nem sempre entendida me faço,
mas desse teu livro quero leitura sempre...
Não vamos extinguir a leitura das coisas!
A confusão de palavras reunidas me fazem sentir...
Sentir.
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