
Depois do filme todo, com direito a um curta no início chamado Saliva (que não convenceu muito), mamãe e eu ficamos passeando em pleno domingo a tarde pelo centro da cidade. Da Cinelândia fomos andando Rio Branco abaixo, passando pelo Teatro Municipal e sua pompa, pela Carioca e indo em direção ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil). Chegando lá, sentamos nos banquinhos do térreo, lemos o roteiro do dia, fomos ao 2ª andar admirar a vista de lá, e quando já decidíamos ir embora ouvimos da moça do elevador que no 5ª tinha biblioteca. Mamãe topou ir lá, admirando a limpeza e os lustres maravilhosos. Que oásis na terra era aquilo! Fiquei perdidinha em mim mesma tamanha a preciosidade. Mas só quem pode pegar é funcionário ou tendo convênio com Biblioteca que tenha bibliotecária (não seria mais fácil fazer fichinhas ali? Se bem que, eles não têm porque mexer com isso, só de disponibilizar pro público é ótimo!).
Antes de sair de casa estava no deserto de mim mesma, encolhida, com meus cactos, me ferindo aos poucos e imperceptivelmente. Então, na companhia espelhada de mamãe o deserto ficou feliz. Com companhia as coisas se refletem em si e em nós mesmos mais deslumbrantemente.
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